A ocorrência de luxação facetária traumática cervical associada a hérnia discal tem sido descrita na literatura com uma incidência variando de 5% a 60% em diferentes séries. Os autores apre-sentam o resultado de uma equipe multidisciplinar (neurocirurgião + ortopedista) relatando e discutindo seus resultados em seis casos consecutivamente atendidos no ano de 1993, no Hospital de Pronto-Socorro de Porto Alegre. Salientam que por vezes o inadequado conhecimento na identificação, investigação e terapêutica fazem com que esses pacientes não se beneficiem dê uma terapêutica mais agressiva, dirigida no sentido de impedir ou limitar a progressão dos danos neurológicos; sublinham as dificuldades diagnósticas com o uso da tomografia computadorizada (TC) mesmo com o uso de contraste, sugerindo o uso de ressonância magnética (RM) nos casos suspeitos de lesão neurológica secundária, concluindo que a baixa incidência de diagnóstico em nosso meio se deva à insuficiência dos meios diagnósticos utilizados e principalmente por falta de suspeição clínica.