Introdução: Uma das afecções mais importantes que acometem os animais braquicefálicos é a síndrome braquicefálica, que é caracterizada por um grupo de alterações do trato respiratório superior de cães e gatos de focinho curto. Nesses animais, pode ser observado a obstrução parcial das vias aéreas superiores devido a estenose das narinas, prolongamento do palato mole, aumento das tonsilas, sáculos laríngeos evertidos, estreitamento da glote, hipoplasia de traquéia, colapso de laringe e/ou traquéia. Objetivos: Entender a síndrome braquicefálica e as técnicas cirúrgicas utilizadas para tratamento. Métodologia: Realizada revisão da literatura de artigos nacionais do ano de 2013 a 2021, utilizando como base de dados o Google Acadêmico. Resultados: Os animais acometidos pela síndrome apresentam os sinais clínicos de dispneia inspiratória, tosse, disfagia, ronco, cianose, intolerância a exercícios e síncope. A longo prazo, pode ser observado acidose metabólica, hipoventilação, aumento do hematócrito, hipertensão pulmonar com consequência de distúrbios cardíacos devido a redução do débito cardíaco e a tentativa de compensação. O diagnóstico é realizado através do exame clínico, laringoscopia e radiografia. Já o tratamento é indicado de acordo com as alterações que o paciente apresenta. A rinoplastia é realizada no caso de estenose de narina onde através da incisão em cunha é removida parte da porção dorsomedial e caudal da asa da narina. A estafilectomia é feita nos animais que apresentam prolongamento do palato mole onde através do menor manuseamento para evitar edema, se faz a excisão do segmento em excesso pelo uso de lâmina de bisturi ou tesoura de Metzenbaum. A saculectomia dos sáculos laríngeos evertidos é importante pois essa alteração significa o primeiro grau do colapso traqueal, que tem como característica grande obstrução de via aérea superior. O procedimento é realizado pela excisão dos sáculos com tesoura de Metzenbaum. Todos os procedimentos cirúrgicos citados têm cicatrização por primeira intensão pela utilização de fio absorvível e padrão de sutura de escolha do cirurgião. Conclusão: O prognóstico pós cirúrgico é ótimo, sendo relatado melhora nos sinais clínicos que os animais apresentavam e consequentemente no bem-estar dos pacientes.